A vida não é triste. Tem horas tristes.
Romain Rolland
Rabiskey
"Um quadro só vive para quem o olha." Pablo Picasso
sexta-feira, 24 de maio de 2019
A gata
E me deixe ser exatamente como eu sou. Meio gata, meio gente. Desconfiada. E independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo.
Cheshire
“Aonde fica a saída?", Perguntou Alice ao gato que ria.
”Depende”, respondeu o gato.
”De quê?”, replicou Alice;
”Depende de para onde você quer ir...”
”Depende”, respondeu o gato.
”De quê?”, replicou Alice;
”Depende de para onde você quer ir...”
Lewis Carroll
Alice no país das maravilhas
Absolen, a lagarta
Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.
Lewis Carroll
Alice no país das maravilhas
quinta-feira, 2 de março de 2017
terça-feira, 15 de março de 2016
Um Caipira
A ROÇA
Aqui na roça nóis si deita
sempre muito agarradinho
nóis si inrósca, si ajeita,
passa a noite coladinho
Nossa cama di madêra
é ondi nóis faiz o ninho
i passa a noiti intêra
trocanu nossos carinho
Nóis véve cum amô
Anqui na nossa paióça
cum as bença di nosso sinhô
cuidâno da nossa roça
Quanu di noite esfria
Nós ajunta us cubertô
i juntinho si inrudia
tocanu nosso calô
I ansim nós passa a vida
eu i minha companhêra
às veiz nóis inté qui briga
mais é coisa passagêra
Adespois vem a vontade
di dá uns beijo moiádo
i nu finzinho da tarde
nóis fica juntinho agarrado.
Aqui na roça nóis si deita
sempre muito agarradinho
nóis si inrósca, si ajeita,
passa a noite coladinho
Nossa cama di madêra
é ondi nóis faiz o ninho
i passa a noiti intêra
trocanu nossos carinho
Nóis véve cum amô
Anqui na nossa paióça
cum as bença di nosso sinhô
cuidâno da nossa roça
Quanu di noite esfria
Nós ajunta us cubertô
i juntinho si inrudia
tocanu nosso calô
I ansim nós passa a vida
eu i minha companhêra
às veiz nóis inté qui briga
mais é coisa passagêra
Adespois vem a vontade
di dá uns beijo moiádo
i nu finzinho da tarde
nóis fica juntinho agarrado.
POEMAS CAIPIRA
domingo, 3 de janeiro de 2016
O Bicho
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
Manuel Bandeira
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Uma praia
"Nas ondas da praia
Nas ondas do mar
Quero ser feliz
Quero me afogar.
Nas ondas da praia
Quem vem me beijar?
Quero a estrela-dalva
Rainha do mar.
Quero ser feliz
Nas ondas do mar
Quero esquecer tudo
Quero descansar."
Manuel Bandeira
Os Patos
“A erva está sempre a favor do vento, diz o Santiago, como a água do lago, que tem as suas rugas molhadas sempre na mesma direção. Mas já os patos gostam de contrariar o vento, orgulhosos, de bico no ar, de rabo a dar a dar, vão na direção contrária às folhas secas que poisam nas águas e navegam. Como barcos, diz a Laura. Como sonhos que não se afogam, diz o Santiago. Mas algumas folhas, encharcadas, essas sim, vão ao fundo das águas. Parecem estrelas-do-mar, diz a Laura. Parecem beijos úmidos, diz o Santiago assaltando-lhe os lábios…”
[In: Diário dos Imperfeitos]
- João Morgado
domingo, 5 de maio de 2013
Dona Deolinda
Essa é Dona Deolinda, mulher de fé, trabalhadeira, curtida na lida do dia-a-dia do sertão. Contou-me que teve onze filhos, mas que Deus levou dois deles. Se casou duas vezes quando só se casava uma, pois ninguém queria e na boca do povo vira meretriz. Apesar de tudo nunca se entregou as mazelas do destino.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Catedral
Um monte de pedras deixa de ser um monte de pedras no momento em que um único homem o contempla, nascendo dentro dele a imagem de uma catedral.Antoine de Saint-Exupéry
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O caminho
O Caminho da Vida
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)Charles Chaplin
domingo, 16 de setembro de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Casinha Branca - Tela do Esboço Paraíso
Casinha Branca
Tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizade
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio, olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão
José Augusto
domingo, 15 de julho de 2012
Presente
Aliança
De alguma maneira hoje
Quero sempre me casar com voce...
Para mim este amor é diferente, não é de papel passado,
É amor de papel presente.
De alguma maneira hoje
Quero sempre me casar com voce...
Para mim este amor é diferente, não é de papel passado,
É amor de papel presente.
Elisa Lucinda
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Sonho de Luíza
Um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.
Mario Quintana
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Anão?
Olhei pra grama, acho que vi um rato ou será um gato, um inseto ou um papel no chão, talvez um gnomo, leprechaun ou apenas um anão, não, era uma mera ilusão, era um porre tomado e minha cara no chão.
Fruto Estranho
Strange Fruit
Southern trees bear strange fruit,
Blood on the leaves and blood at the root,
Black bodies swinging in the southern breeze,
Strange fruit hanging from the poplar trees.
Black bodies swinging in the southern breeze,
Strange fruit hanging from the poplar trees.
Pastoral scene of the gallant south,
The bulging eyes and the twisted mouth,
Scent of magnolias, sweet and fresh,
Then the sudden smell of burning flesh.
The bulging eyes and the twisted mouth,
Scent of magnolias, sweet and fresh,
Then the sudden smell of burning flesh.
Here is fruit for the crows to pluck,
For the rain to gather, for the wind to suck,
For the sun to rot, for the trees to drop,
Here is a strange and bitter crop.
For the rain to gather, for the wind to suck,
For the sun to rot, for the trees to drop,
Here is a strange and bitter crop.
Song by Billie Holiday
sábado, 16 de junho de 2012
Il primo olio - una natura morta.
"Como é estranha a natureza morta dos que não tem dor. Como é estéril a certeza de quem vive sem amor..."
Cazuza
quarta-feira, 4 de abril de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Lápis&Caneta I
São muitos os que seguram uma caneta ou um lápis, mas são poucos os que sabem usá-los como objetos de materializar uma idéia ou um pensamento.
Alvaro Granha Loregian
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
O Pescador
O
Pescador
O sol, o sal e o
mar.
A praia de
areias douradas
O peixe na mesa
O pão de cada
dia
A lua cheia
A imensidão azul
As estrelas
O ciclo das
marés
A ilha distante
O vento forte
A canoa quebrada
Os riscos
A sensação do
prazer
O homem nas mãos
de Deus
O pescador
sábado, 17 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Tal filha, tal pai.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Recordação II
sábado, 25 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O Nu
Dá-me hoje a tua nudez,
A tua nudez faminta,
A tua nudez húmida e rasgada,
Marcada por entre veias e carnes,
Nos pactos esquecidos,
De todos e outras juras,
Destrancada de almas e corpos,
Nos sonhos destruídos,
Dos meus e dos teus Desejos...
A tua nudez faminta,
A tua nudez húmida e rasgada,
Marcada por entre veias e carnes,
Nos pactos esquecidos,
De todos e outras juras,
Destrancada de almas e corpos,
Nos sonhos destruídos,
Dos meus e dos teus Desejos...
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Nu VIII - Ódio Mortal
Tenho um ódio mortal de toda roupa feminina,
especialmente das mais insinuantes e das lingeries.
É um ódio tal que me consome,
que só me apetece arrancar logo estas peças
do corpo de minha amada,
quer seja com as mãos,
quer seja com os dentes...
especialmente das mais insinuantes e das lingeries.
É um ódio tal que me consome,
que só me apetece arrancar logo estas peças
do corpo de minha amada,
quer seja com as mãos,
quer seja com os dentes...
Augusto Branco
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